O Tratado Constitucional Europeu
É certo que a nossa opinião neste momento seja infundada pela falta de esclarecimento e informação que nos é dada, ou não.
Diz Pacheco Pereira no seu blog que se empenhará na campanha pelo «não» na «condição de cidadão, completamente civil». «O que eu quero é que haja discussão e se perceba que há argumentos para o 'não'. A forma como está a ser preparado o referendo, acoplado às piores eleições a que podia estar ligado (autárquicas, em Outubro), deixa muito a desejar quanto ao envolvimento dos portugueses numa decisão séria. Mas mais vale aproveitar para discutir do que não fazer nada». No seu blog, Pacheco Pereira lança o desafio: «Está na altura de criar um movimento, um fórum de debate público, um ajuntamento, seja lá o que for, para explicar porque razão se deve pensar duas vezes antes de assinar de cruz um tratado cujas implicações podem ser trágicas para quem deseja uma Europa unida, mas uma Europa de nações e não uma híbrida construção transnacional, pouco democrática». Na sua opinião, esta discussão «deve ter outras componentes e outros intervenientes e não ficar presa aos dilemas da visão social de comunistas e bloquistas e do soberanismo extremado dos nacionalistas». Para Pacheco Pereira, «isso não condiciona, nem impede de discutir todas as razões com todos, desde que sejam dados argumentos e não imprecações. Se desejo que um número significativo de 'nãos' se expresse eu aceito o princípio básico que em democracia e nas urnas os votos são exactamente iguais e exactamente oriundos do mesmo acto de liberdade».
Vem isto a propósito da acusação que ele faz ao Presidente da República de estar a usar o seu cargo para fazer campanha a favor do “SIM”. O que está em causa, é o futuro de Portugal, e aqui, o Presidente da República, tem obrigações maiores do que qualquer outro cidadão, para tentar influenciar o voto no sentido que ele julgar mais de acordo com os interesses nacionais. Seremos capazes de ter opinião?
Breve opinião:
Uma Europa onde as leis são feitas sempre contra as aquisições sociais e os direitos dos que trabalham, onde as "crises" são resolvidas à custa sempre de maiores sacrifícios dos que menos têm, é essa Europa que nos andam a impor, que eles querem consolidar através deste “tratado constitucional”… Temos agora - em Portugal a confirmação de tudo isso; os defensores do «sim» são os que durante décadas levaram o tecido produtivo e os serviços do Estado com maior relevância social ao que se vê, mas hipocritamente não o assumem.
Lanço o desafio.
Ass: Paulo Barbosa
4 Comments:
A administração do GRH9599 considera que os políticos portugueses já nos sodomizam o suficiente, e é contra qualquer tratado que alarga os poderes aos políticos estrangeiros, para que nos polinizem também.
Vai daí, em português falando, assim não há cú que aguente!
Até concordo com a luta, mas podia ter sido escolhido um melhor exemplo: Pacheco Pereira?! Dasse... Eu é que gosto de gajos de barba comprida e aspecto badalhoco para assumir o estilo pseudo-intelectual! Aliás, nem vou assinar este Comment, para assumir a mesma atitude cobarde que o Pacheco Pereira tem para com a política.
Por acaso fizeste bem em não assinar eu no teu lugar fazia o mesmo, aliás da ultima vez que me larguei numa sala de aulas também não levantei o dedo para dizer: "Fui eu Sr. Doutor".
Sermente (porquê tê-los no sítio se estou bem sentado em cima deles?)
Caros amigos a minha opinião é bastante dramática. E ela é: "Nós não decidimos me**a nenhuma, os referendos em Portugal servem para distrair e juntar familias ao domingo lá na terra. É realmente bom activar o confronto de ideias e a discussão, quanto mais não seja para deixar o Sokota em paz. Os Estados Unidos da Europa (EUE) são a meta desta esquizofrenia megalómano e hollywoodesca de um senhor que pensava que se juntavam pessoas com cultura e identidade própria da mesma forma que se haviam juntado "cães que não conheciam o seu dono" e ainda por cima tinham passado muito tempo no mar. Um mal menor é o que nos resta, (mais uma vez), e por hora só espero vir a ser a califórnia europeia para que os 10 metros quadrados de terreno que possuo valorizem e as loiras comecem a aparecer.
Sermente (Voto Não mas o voto deixou de ser a arma do povo)
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